joyeuses fêtes

vendredi 21 décembre 2007

feliz natal!!

esses romanos...

mardi 11 décembre 2007

ok, é demais morar num lugar onde (quase) não existe problema de segurança, o transporte público é incrível, os parques são impecáveis, não tem criança trabalhando no farol e arte é parte do cotidiano. mas o mais legal MESMO da europa é poder pegar um avião e em duas horas estar em alguma cidade maravilhosa...


esse fim de semana fomos pra roma!!! salve as low-cost airlines!! munidos com um roteirinho especialíssimo feito pela minha querida e romana giuliana.

a cidade é uma loucura, mais uma prova de que só a megalomania e egos enormes são capazes de construir prédios e monumentos incríveis o suficiente para permanecerem assim para a eternidade. o coliseu, o foro romano, o monumento ao rei vittorio emanuelle, o panteon, a basílica de san pietro. tudo mega, de cair queixo, independente da subjetividade do feio/bonito.

mas quanto mais passeio, e, salve, é praticamente só o que tenho feito (hihihi), descubro que o quê realmente me dá prazer é observar os detalhes.

d’accord, é grandioso estar de frente para o coliseu, mas o que realmente me emocionou foi encontrar duas freirinhas enchendo garrafas com água da fonte na esquina do nosso micro-apê; foi estar junto com a família católica apostólica romana (literalmente!) embaixo de (muita) chuva esperando o papa para a celebração do dia de nossa senhora da imaculada conceição. ou ainda ver dois velhinhos gordões com a maior cara de mafiosos sentados no banco da praça batendo papo no final da tarde, e ouvir o senhorzinho do café me falando “ciao, bella” .

adorei tb perceber que todos os estabelecimentos comerciais nos quais entrei eram familiares, pai, mãe, filhos, irmãos, todo mundo trabalhando junto. dei risada ao ver que todas as mulheres são mesmo montadíssimas, douradíssimas, bronzeadíssimas, adoram um penduricalho brilhante, e como os homens também são mega vaidosos. fazer parte do famoso caos no trânsito (roma quase não tem calçada!!! maior doideira!!), presenciar o povo descendo do carro pra bater boca....gostoso demais tudo isso.

e simplesmente amei sacar o quanto da itália existe em são paulo. o jeito de falar alto, a informalidade calorosa, a confusão, a familiagem, a peruísse das madames, a comida e até os traços físicos. tudo muito parecido.

é uma sensação bem especial ir para um lugar totalmente novo, e, de alguma maneira, se sentir em casa. :)

fotas nos flickrs: feq e zndr

ps: e os tomates são deliciosos!!! a impressão é de que comi tomate de verdade pela primeira vez!!


reclamose

jeudi 6 décembre 2007


diferente do que todo mundo dizia sobre os franceses, não achamos eles antipáticos quando chegamos aqui. e eles não são mesmo. no geral, somos bem atendidos em todos os lugares, os amigos do ludo são sempre muito legais com a gente, o tuba foi super bem recebido no trabalho. enfim, fomos surpreendidos positivamente.

talvez as pessoas confundam antipatia com rabugice, pq é fato, eles são super rabugentos. os franceses fazem questão de mostrar que desaprovam qualquer atitude que possa ferir a boa convivência social. e pra isso, eles bufam. bufam quando o carro pára na fila de pedestre, quando alguém é muito espaçoso dentro do ônibus ou do metro, quando vc anda muito devagar e não deixa espaço para “ultrapassagens”, quando fala muito alto, quando chega no restaurante sem reserva.

enfim, quando suas ações extrapolam os limites e incomodam ou atrapalham a vida das outras pessoas. em paris, como é muita gente na rua, o tempo todo, são inúmeras as situações onde o bufo é pertinente, então o ato é parte do dia-a-dia e acaba funcionando como um regulador da vida em sociedade. eu, confesso, super adotei e adoro bufar!

mas, existe uma outra modalidade de reclamação, menos cotidiana, mas tb comum. quando a insatisfação é tanta que o bufo não é mais suficiente e é preciso falar. no geral, isso acontece quando o ônibus demora mais do que o indicado na plaquinha do ponto, ou quando a fila do correio não anda....quando o problema é, digamos, mais institucional. só que o engraçado é que eles têm a necessidade de reclamar para alguém, não serve esbravejar sozinho, é preciso ter um ouvinte, mesmo que ele seja tão vitima do problema quanto o reclamão.

e daí eu me divirto demais. pq é fácil perceber quando uma pessoa vai se irritando até atingir o limite onde aquilo não cabe mais dentro dela (e o lance todo é que, entre os franceses, esse limite é bem pequeno), e automaticamente eles começam a procurar um pobre ouvinte. é nessa hora que é preciso ter cuidado, se os seus olhos cruzarem com o do rabugento...pronto, vc é o escolhido e vai ter que ouvir. e daí eles são capazes de ficar minutos só reclamando! e já aprendi que não adianta sorrir, tem que fazer cara feia tb e concordar. uma vez eu sorri e a senhora só ficou mais irritada.

e a minha brincadeira, um pouco malévola, é ficar justamente fugindo do olhar do reclamante. e daí, eles enlouquecem! ficam lá fazendo de tudo pra chamar a atenção e eu me faço de boba, fico olhando o céu...tem dias que eu topo ouvir a reclamose, mas na maioria das vezes, prefiro poupar meus ouvidinhos.

prefiro quando eles são super gentis e me chamam de madame.

:)


ps. comecei ontem meu trabalho voluntário no stand de natal da unicef. vou passar o mês vendendo cartões e presentes de natal para comprar vacinas para as criancinhas do mundo. :D

 
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