caiu um botão

mercredi 30 janvier 2008

na verdade, caíram vários, são esses tempos das roupas “made in algum lugar que paga mal seus trabalhadores”.

o tuba comprou um casacão logo no começo do frio, em outubro (afe! já tá frio faz tempo demais...) e um mês depois já tinham caído 70% dos botões. e apesar da gente ser um casal super século 21, nenhum dos dois tinha qualquer familiaridade com agulhas e linhas. e o menino passou um tempão andando todo desabotoado por aí.

até que fomos pra casa da oma (vovó em alemão) no natal. dona ingeborg zander foi costureira profissional da RDA, a alemanha oriental, na verdade, chefe de um centro de treinamento de costureiras. todos os armários da casa dela têm rolos de tecidos, ela costura as próprias roupas, as cortinas, as almofadas. maior sucesso. e com 88 anos, coloca a linha na agulha com a rapidez de uma menina.

ela ficou super feliz de poder cuidar da roupa do netinho, lógico. mas pra mim sobrou uma quase bronca (mas que em alemão parece uma grande bronca!). pelo que entendi, e o tuba traduziu, a vovó achou um absurdo eu deixar o meu marido andando daquele jeito. e marcou uma aula obrigatória para a manhã seguinte.

pra minha sorte, se a agilidade dela é de uma menina, a memória é de uma vovó, mesmo que bem esperta, e ela esqueceu da aula. ou percebeu que não ia mesmo dar certo a brincadeira de cada uma falar uma língua diferente.

mas voltamos pra casa e outros botões caíram.

então no fim de semana passado, resolvi cultivar mais um cantinho do meu lado amélia e fui atrás de aprender. na internet, pq afinal são tempos modernos.

e poucos minutos depois, aos 30 anos, em paris, preguei meu primeiro botão. e achei super divertido! quase terapêutico, tipo um sudoku!



dank u

mercredi 16 janvier 2008


no fim de semana que passou, pegamos o thalys em fomos pra bélgica. tão rapidinho que mal dá tempo de pegar no sono, só uma hora e meia de viagem.

acho que nunca estive antes num país bilíngüe (francês e flamenco, que imagino ser bem parecido com o holandês). é curioso, em bruxelas as placas de rua são nas duas línguas e fiquei na
dúvida em qual delas o rei ou o primeiro ministro fazem seus pronunciamentos oficiais (nas duas? será?). em pensar que o brasil tem aquele tamanhão e todo mundo fala (quase) a mesma coisa...

descobri que os belgas fazem uma ótima cerveja, chocolates incríveis, têm os melhores restaurantes do mundo, inventaram as batatas fritas e deram início ao art nouveau! todas essas maravilhas e eles não têm nem a metade da pretensão e soberba dos franceses,
ficamos imaginando que eles devem ser muito mais legais...

primeiro, fomos transportados diretamente para o
século XII ao chegar em bruges, no coração da região de flandres. que cidade linda, toda velhinha, tão bonitinha que parece de brinquedo. Toda cortada por canais o que deixa tudo ainda mais charmoso, garante reflexos “o que é chão o que é céu?” e quintais altamente invejáveis. lindo, lindo, lindo!

é incrível como a presença da água (limpa e viva, bien sûr) dá uma energia especial para os lugares. e talvez seja exatamente isso que falte em Bruxelas, nosso segundo destino. confesso que de cara achei a cidade meio caída, suja, sem graça. mas fomos andando pra longe da grande praça e encontramos boas surpresas.

a primeira delas foi especial.
numa pracinha despretensiosa e simpática, em pleno domingo à tarde, uma simples peixaria se transformou em boteco-balada: as geladeiras estavam vazias, no lugar um equipamento de som e um dj que
mandava um som bom. do lado de fora, na calçada, um balcão improvisado acomodava a clientela que, em pé, se servia de ostras, sopa de peixe e croquetes de camarão (divinos!) bem acompanhados por um vinho branco ou rosé. maior clima gostoso, uma galera tranqüila (se fosse em sp ou em paris aposto que ia ser megasuperhypedescoladalotadotodomundovai), comida ótima. delícia!!

depois, já embalados pelo vinho, saímos da parte baixa e encontramos edifícios retorcidos lindos, um palácio enorme, um parque legal, e fui simpatizando mais com a cidade. mas foi aí que senti que mesmo bonita, a sensação é de que falta alguma coisa pra deixar bruxelas especial....e acho que falta um rio com personalidade, que dê vida e sentido à cidade, como são os rios de paris, roma, berlin, londres.


pensei em escrever pro rei e sugerir... :P



ps. e me dá a maior dor no coração lembrar do pinheiros e do tietê :S

tem alguém em casa?

mardi 15 janvier 2008

sim. eu ainda estou aqui. o abandono geral do blog tem uma explicação mais que justa. minha queridíssima mãe está de visita e não tenho tido tempo de escrever.

mas tenho visto coisas lindas e tirado um monte de fotos. mas tb não tem dado tempo de colocá-las no flickr. coloco uma aqui, das minhas preferidas. um fim de tarde no cour carré do louvre, um segundo depois que as luzes forma acesas. um céu azul-chuva-sol e esse prédio indescritível.



bom, please, amigos e leitores (hihihi) não desistam!! escrever aqui, ler e ouvir os seus comentários é um dos pequenos prazeres conquistados em 2007 do qual não pretendo abrir mão.


ps. ontem fomos ver o ballet de bolschoi na opera de paris. maravilhoso. incrível. chorei. que delícia ver coisas tão bonitas.

 
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